Não se Brinca com Coisas Sérias By Amilcar Monteiro

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Não se brinca com coisas sérias. Ou brinca? E, se não, então onde é que se definem os limites daquilo com que se pode ou não brincar? É esta a pergunta que surge, desde logo, ao ler o título deste livro que, composto por um conjunto de textos humorísticos sobre vários temas, reforça, a cada novo texto, essa mesma questão. É que cada leitor tem os seus pontos sensíveis e as suas particularidades em termos de sentido de humor. E, dada a diversidade de temas e de abordagens que surgem neste livro, haverá sempre sentimentos e reacções diferentes dependendo de cada leitor e de qual dos textos está este a ler.
Esta leitora em particular tem sentimentos ambíguos. Há alguns textos que roçam a genialidade na forma como reflectem certos pensamentos, atitudes e até mesmo fórmulas. Outros, parecem ir longe demais - ou, pelo menos, longe demais para o meu sentido de humor. E o resultado são esses tais sentimentos ambíguos: adorando alguns textos, reconhecendo noutros a criatividade e de outros ainda não retirando grande coisa. Ora, também isto reforça a tal questão: quão longe é longe demais? E haverá resposta. Se há, não deve ser assim tão simples.
Temáticas e preferências pessoais à parte, há ainda um outro aspecto que importa mencionar: a escrita. Apesar de um ou outro descuido de revisão (felizmente, pouco frequentes) o estilo de escrita é, no geral, bastante fluido e cativante. É possível imaginar a voz do autor (ou do protagonista de um determinado texto) a contar a sua história, e acompanhar essa mesma história sem grandes quebras. Além disso, sendo todos os textos bastante curtos, sobressai também a capacidade do autor de se cingir ao essencial, o que não deixa de ser também uma qualidade importante.
É um livro divertido? Sim. É uma leitura confortável? Nem sempre. Mas, acima de tudo, a impressão que fica é a de um conjunto de textos bastante interessantes e diversos, capazes de agradar a diferentes predilecções humorísticas e, portanto, a diferentes leitores. Uma boa leitura, pois.


**I received this book through Goodreads giveaways Humor and Comedy, Fiction Eis a lufada de ar fresco ideal para quem procura cumplicidade e alívio em relação aos pequenos sofrimentos da vida mundana através do humor, principalmente para quem sente que foi inserido numa sociedade que não consegue compreender, sem que para isso lhe tenham pedido autorização. Este livro não se limita a dar voz às revoltas e perplexidades de quem padece desse mal-estar, parece assumir também a missão de as ampliar e de as distorcer, de tal maneira, em pontos de vista insanos e disparatados que, pelo completo desfasamento da realidade, acabam por nos libertar daquilo que sentimos que nos antagoniza e nos incomoda. Alternativamente, também nos liberta ao transportar-nos para universos absurdos, com possibilidades insólitas e ricamente imaginadas.

Sempre vi o “Não se Brinca com Coisas Sérias” como uma mensagem numa garrafa que foi lançada ao mar, para ser encontrada por almas que se sentem, de uma forma ou de outra, invadidas pela amargura e anseiam intimamente revitalizar a sua criança interior.
O seu conjunto de crónicas começa por validar essa amargura, com pinceladas de humor observacional e mordaz; de seguida amplia essa amargura, com pinceladas de humor negro, distorce-a, com pinceladas de humor absurdo e, finalmente, redime-a pelo puro regozijo da criança que desconstrói e transfigura o mundo a bel-prazer, para encontrar combinações cada vez mais originais e inusitadas e afirmar a sua liberdade criativa.

A escrita é minuciosa. Senti que cada palavra foi colocada no sítio certo para provocar o meu deleite.

É difícil escolher textos favoritos (há-os para tantos gostos e ocasiões), mas gostaria de mencionar:

- Conselhos de Mudaram a Minha Vida:
um medley de crítica social e humor absurdo que me fez chorar de tanto rir;

- O Discurso da Melga-Rainha:
humor absurdo e infantil, na melhor acepção do termo, e altamente imaginativo;

- Contra a Doença, Marchar, Marchar;
uma crítica social mordaz que revela, de forma hilariante, a realidade disparatada de uma prática que poucas vezes tem sido questionada;

- Os Outros Heterónimos:
uma divertidíssima brincadeira com um ícone da literatura portuguesa;

- 17ª Conferência Internacional de Quefrô:
um deleite da primeira à última palavra! Humor and Comedy, Fiction Uma verdadeira lufada de ar fresco no panorama do humor literário em Portugal. Humor and Comedy, Fiction

Acabei este menino depois de almoço e decidi deixar aqui a minha review porque acho que merece.

Este livro é um diamante em bruto de boa-disposição. Pequeno, simples, claro, fácil de ler até para o mais preguiçoso dos preguiçosos.

Durante quase 2 semaninhas foi a minha companhia de pequeno-almoço e em todos estes dias fiquei super alegre logo de manhã, depois de ler 2 ou 3 textos.

Para todos os leitores que gostam de comédia, apostem na leitura deste menino para perceberem como é que se faz/ as técnicas que efetivamente podem ser utilizadas na escrita de humor. Eu aprendi umas quantas coisas e acho que vou passar a escrever melhores textos cómicos no blogue e até com mais regularidade, inspirada por este livro.

Com umas pitadinhas de humor negro, uma bela dose de ironia e de sarcasmo e um texto extremamente bem redigido, acho que não houve nenhuma história/texto que não me fizesse no mínimo, esboçar um sorriso (e olhem que ainda soltei umas quantas gargalhadas com alguns!). Não vou contar muito mais porque na verdade podem comprá-lo e conhecê-lo. E não me peçam emprestado, comprem um porque vale a pena!

E mesmo que não comprem o livro, sigam o Amílcar Monteiro porque vale mesmo a pena. Para além de um excelente escritor de humor, ainda faz boas partilhas e fornece gratuitamente contos e histórias no seu site. Humor and Comedy, Fiction Uma obra com muitos lugares comuns para o comum dos mortais, o que faz com que seja impossível não rir de descrições factuais que estão ao alcance das mentes conscientes.
Pede claramente para seguir o autor no dia a dia. Humor and Comedy, Fiction O autor conseguiu surpreender-me com a diversidade de magníficos textos, citações, da sua biografia mas principalmente pela forma como apresenta o livro com uma sinopse soberba que continua a fazer-me sorrir sempre que a leio.
De um humor bastante sofisticado ao ponto de conseguir abalar-me com alguns dos seus textos o que a meu ver só demonstra a diferença entre ser-se engraçadinho e ser-se um humorista de mão cheia. Aguardo ansiosamente por mais trabalhos. Tornei-me com este livro numa fiel seguidora da página do autor, onde me continua a deliciar com citações e textos.
Parabéns! Humor and Comedy, Fiction Acutilantemente sarcástico. Estupidamente seco. Se nos rimos? Pouco ou nada. Demos mais connosco a franzir a testa ou a elevar o sobrolho. Pensámos mas o que é isto?

Mas o facto é que o lemos todo. Trata muitos assuntos de uma forma que não sabemos se o autor está a falar a sério ou a brincar, pelo menos até nos voltarmos a lembrar que estamos diante de um autor que é humorista. Aí pensamos, Ah, ok, está a brincar. Está a gozar com a coisa.

Continuação e classificação: http://livrosdevidro.wixsite.com/livr... Humor and Comedy, Fiction O leitor não chegou até aqui por acaso. Se encontrou este livro é porque todo o universo conspirou para que isso acontecesse. E, se assim foi, é porque deve haver um propósito. Claramente, há algo superior a todos nós que pretende que você, o leitor, compre esta obra e a leia. E, quem sabe, que a divulgue junto de todas as pessoas que conhece. Vá, não resista à vontade do universo. Pense que a leitura deste livro poderá ser o ponto central do grande plano que o universo tem preparado para todos nós.


NOTA: Este comentário poderá ter sido escrito pelo autor do livro. Humor and Comedy, Fiction

Não

Do vencedor do Grand Prix de la Satire 2015, do Digital Jester 2016 e de outros prémios igualmente fictícios, chega-nos uma selecção de piadas e textos humorísticos escritos no seu blog, «Não se Brinca com Coisas Sérias», entre 2007 e 2014.
Desde o mistério que envolve o doce da casa, até à revelação de heterónimos menos conhecidos de Fernando Pessoa, passando pelo discurso da melga-rainha na abertura da época de caça ao humano, Amílcar Monteiro leva-nos numa viagem hilariante, na qual nunca sabemos o que vamos encontrar ao virar a página. Não se Brinca com Coisas Sérias